Diario magico

domingo, 11 de dezembro de 2016

sistema de evocação (tradicionais!) ,PODE MUDAR O MODO DE SE PRATICAR?!

Todo mundo sabe que existem diversos métodos de se evocar uma entidade. Seja ela qual for, você sempre vai precisar de algo que a represente, método de defesa e forma de comunicação. É bem fácil na teoria, mas a prática deixa muito a desejar. Diversos sistemas dificultam um pouco pela questão da instrumentação e das entidades de defesa, Goétia e o Sistema Enochiano são campeões nessa parte, mas nada que não possa ser resolvido.

Sim, é possível fazer alterações em certas partes do sistema, desde que sejam coerentes. Uma das coisas que mais o pessoal do paganismo reclama é que não podem tentar usar a Goétia por conta das evocações de proteção e da instrumentação toda baseada no Deus Judaico Cristão. Essa por si já é uma excelente observação. Você não vai pedir ajuda a um Deus que você não segue. Não rola, Deuses são legais enquanto vocês estiverem dentro da regra deles, mijou fora no penico, se lascou.
Então a primeira coisa que você vai ter que observar é pra quem você tá pedindo ajuda. E não, não pode ser pra qualquer entidade, isso vai depender de quem você quer chamar, da forma com que você vai trabalhar com a energia da entidade escolhida pra defesa...enfim, mil e uma tretas. Além disso, óbvio, você acaba alterando coisas dentro da própria instrumentação. Enquanto em uma tradição a defesa é associada a (supondo) aveia, na sua ela é associada a castanha de caju, e você vai ter que seguir isso. Pegar tradições diferentes e bater no liquidificador é pedir seriamente pra se foder.
Isso vale em QUALQUER sistema e para QUALQUER entidade. Um detalhe, sempre mantenha o cuidado para não ofender gratuitamente a entidade pra quem você tá pedindo ajuda. Como isso? Simples, não é legal você tentar chamar um elementar do fogo e prender ele num círculo de água e ficar de sacanagem com o sujeito. Primeiro que ele não vai ficar ali pra sempre, assim que ele sair ELE VAI FODER A SUA VIDA, segundo, a negociação já vai ser problemática de começo, aprenda primeiramente a ser diplomático.
Posso evocar um Deus?
NÃO. Não pode evocar um Deus desse jeito. Quer evocar um Deus, seja devoto dele(a) e reze para ele trabalhar dessa forma. Além do que, é falha certa. SE POR MUITO AZAR SEU, isso der certo, não vai ter santo que te salve e ninguém pra rezar pela sua alma.
Ok, então eu posso chamar qualquer entidade para me defender?
Não. Um elementar qualquer, por exemplo, não vai segurar um daemon. Agora, um REI ELEMENTAR são outros 500. Não esquece que equivalência de egrégora existe sim e deve ser minimamente respeitada.
Sou wicca e não acredito em daemon, posso evocar outra coisa?
Claro, mas aviso que não existe "forma boazinha" de se chamar espíritos através de sistema de evocação. Esse tipo de sistema não é um convite amigável é um "VEM LOGA PORRA QUE ESTOUTE CHAMANDO".
E tem jeito de se evocar espíritos sem ser dessa forma?
Claro que tem, você vai literalmente atrair aquela entidade. Oferendas, adoração, mantras, preces e mais um monte de coisas do naipe para tornar o lugar agradável e, claro, scrying e muita paciência. Além do que, existe a chance de dar errado (assim como qualquer tipo de evocação).
Lembrando: Existem formas e formas de se comunicar com entidades, evocação é UMA delas e não é a mais recomendada pra galera que tá iniciando. Paciência e MUITO ESTUDO sobre a entidade evocada é essêncial, além é claro de conhecer bem o sistema e os simbolismos dele.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

DEMONIO FAMILIAR PARA AJUDAR O FEITIÇEIRO

Ritual de Contato com o Demônio Familiar

Sente-se confortavelmente e feche os olhos em um ambiente calmo, silencioso e que não esteja iluminado demais. Assegure-se também que a temperatura esteja normal e que você não será incomodado por ninguém. Concentre-se então nas manifestações de seu corpo, preste atenção em sua respiração, o batimento de seu coração e em todas as funções internas que você normalmente não presta atenção. Busque despertar a consciência que existe um lado seu que permanece constante desde que você nasceu. Perceba que independente de suas crenças ou modo de vida, você vive constantemente em dois mundos e que o mundo interior, ignorado ou não está sempre lá.

Estando dentro deste outro mundo, invoque mentalmente seu familiar para se manifestar. Mantenha a mente limpa para que ele possa surgir por si mesmo e aguarde surgir em sua mente uma manifestação de sua forma, usualmente no corpo de um animal. Se desejar poderá perguntar  então o seu nome, para usos mágicos futuros, nome este que deve vir também por meio de uma resposta mental.

Esta é um processo interior e talvez nas primeiras vezes o demônio pessoal não se manifeste, especialmente se até hoje você nunca buscou um contato maior com este lado de sua vida. Nada, entretanto que a persistência não resolva.

Como utilizar seu Demônio Familiar

Sabendo a forma e o nome de seu familiar você poderá utilizá-lo como uma ferramenta muito interessante para acessar recursos ocultos de seus instintos e intuição. Seguem alguns exemplos de como isso pode ser feito:

Quando estiver a caminho de algum lugar e estiver indeciso sobre a qual o melhor percurso, feche os olhos e veja o seu demônio familar em algum lugar próximo a você, pergunte então e ele: "Qual o melhor caminho a tomar". Mantenha a mente receptiva e a resposta virá por meio de uma resposta intuitiva mental imediata.


A próximas vez que quiser saber que horas são. Feche os olhos e pergunte ao seu demônio familiar "Que horas são?" visualizando sua imagem tal como ele se revelou. Depois limpe a mente e mantenha-se receptivo para receber a resposta mental. Ela vira de súbito a sua mente. Preste atenção a primeira impressão intuitiva e então verifique sua exatidão no relógio.


Quando encontrar uma pessoa pela primeira vez, antes do primeiro contato imagine a forma de seu Animal demoníaco avaliando, cheirando e rondando o individuo em questão. Pergunte a seguir "Qual sua impressão desta pessoa?" Espere com a mente aberta e receba então a avaliação de seu companheiro. Nas primeiras vezes esta avaliação pode ver como mera simpatia ou antipatia, mas poderá ser aperfeiçoada conforme você e o familiar ganham afinidade.


Caso você seja do tipo que gosta de jogos de azar, leve seu familiar para a mesa na próxima rodada. Fique atento a suas advertências e sugestões. Lembre-se de acatar suas dicas sem tentar entndê-las. Em um outro dia jogue sem a ajuda do seu companheiro. Compare os resultados.


Quando receber uma mensagem, carta, ou quando o telefone tocar ou receber um torpedo, feche os olhos e antes de ver quem é imagine novamente a forma de seu familiar e pergunte: "Quem está entrando em contato?". Aguarde um pouco e a resposta virá por meio de uma resposta intuitiva, Adicionalmente você poderá perguntar em um segundo momento, qual é a intenção do contato.


Quando for a um lugar ou ambiente que não conhece, envie seu familiar na sua frente. Espere ele voltar e então receba as impressões do local que ele apresentar. Compare posteriormente com suas próprias impressões do lugar. Compare novamente com suas impressões depois de uma semana.

Outros usos semelhantes poderão ser encontrados. É muito importante que as respostas sejam aceitas de pronto mesmo se parecerem estranhas a princípio. Evite racionalizar sobre elas quando consultar seu guardião, não permita que pensamentos posteriores modifiquem a sugestão intuitiva que receber. O seu demônio pessoal opera em um nível anterior ao do processo lógico e da argumentação.  Pode existir certa dificuldade para receber as respostas precisas num primeiro momento, mas a repetição destas praticas e o reforço do ritual de contato com seu interior pode fortalecer suas aptidões e exatidão das respostas.

Você perceberá com o tempo que as respostas ficarão cada vez mais acuradas. Demônios pessoais não são imutáveis, eles demonstram se desenvolver e se aprimorar tanto quando os individuo que acompanham, com o passar dos anos verá que o nível de comunicação e interação atingem patamares antes insuspeitos. Em um segundo momento poderá perceber que o guardião passa a se manifestar por si mesmo, e não apenas quando é consultado. Um alerta em momento de perigo, uma impressão inesperada revelam que estão se tornando parceiros mais intimos. Jung entendeu isso pois ensinou que no curso da nossa individualização nós nos movemos entre o inconsciente para o inconsciente coletivo impessoal, ou em outras palavras do vegetativo para o divino. O demônio pessoal reflete e acompanha este desenvolvimento.

Para concluir, devo dizer que com o uso do demônio pessoal não quero fazer uma apologia ao uso exclusivo dos instintos em detrimento dos meios convencionais da razão. Instinto puro é também aquilo que adolescentes terem ereções olhando para um pedaço de planta morta e bebês tartarugas sairem da praia rumo as luzes da auto-estrada. O poder do raciocínio e do planejamento não deve ser negado. Graças a eles descortinamos muitos mistérios e conquistamos muitas coisas de valor. A razão é um poder luciferino que deve ser considerado um aliado poderoso. Mas considere apenas que este é um aliado bastante recente evolutivamente falando. A intuição é uma boa e velha amiga que nos acompanhou por milênios e pode ser resgatada e exercitada na forma de um familiar. Minha proposição é apenas que nossa amizade com a razão não nos faça esquecer nossos amigos mais antigos.

Estudantes